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Base brasileira de celulares volta a crescer após oito meses

31 MAR 2016

Após oito meses de quedas seguidas, a base total de celulares no Brasil voltou a crescer em fevereiro deste ano. De acordo com o relatório de acessos do serviço móvel pessoal (SMP) da Anatel divulgado nesta quarta, 30, a base aumentou 0,32% em comparação com janeiro (quando já mostrara redução mais branda que nos meses anteriores), ou 814,7 mil adições líquidas, resultando em 258,063 milhões de linhas no período. No comparativo anual, entretanto, ainda é uma queda de 8,67%.

Pela primeira vez rompendo a barreira dos 30 milhões de acessos, a tecnologia que sustenta as novas adições é o LTE (com pequena contribuição da máquina-a-máquina – M2M), embora desta vez a 3G tenha diminuído sensivelmente menos do que nos meses anteriores. A tecnologia 4G avançou menos em fevereiro do que em janeiro, com 7,85% (2,204 milhões de adições líquidas), mas ainda acima da média anual (de 1,8 milhão). No comparativo com o mesmo mês de 2015, cresceu 261,28%. A base LTE brasileira total em fevereiro era de 30,264 milhões de acessos.

Isso significa que, pela primeira vez, o mercado brasileiro de SMP cresceu baseado somente no LTE. No entanto, a tecnologia dominante continua sendo a 3G, que acumulou 147,068 milhões de linhas em fevereiro, encolhendo 506,7 mil acessos (0,34% de retração). A queda foi bem menor do que nos últimos meses: 1,5 milhão de desconexões em janeiro e 7,2 milhões em dezembro de 2015. No ano, o WCDMA acumula 4,314 milhões de desconexões, ou 2,85%

Os acessos 2G também caíram menos em fevereiro: 900,8 mil desligamentos, encolhimento de 1,40% na base total de 63,530 milhões de acessos. No ano, entretanto, a queda no acumulado de 12 meses já é de 40,21%, ou 42,7 milhões de linhas GSM a menos no mercado, uma média mensal de 3,559 milhões de desconexões. Mantém-se assim a previsão deste noticiário de que, entre agosto e setembro, a base de segunda geração seja superada ou igualada pelo LTE, quando ambas deverão estar na casa dos 40 milhões de acessos. Note no gráfico acima que as duas tecnologias mostram a tendência de encontro em breve.

A base de terminais de dados de banda larga recuou 1,48% e agora soma 5,693 milhões de conexões. A soma desses acessos com os de handsets 3G e 4G dá um total de 183,026 milhões, base que avançou 0,89%.  Já os acessos do tipo M2M Especial, ou seja, os que não possuem intervenção humana, cresceram 2,51% e totalizaram 4,104 milhões. Os M2M Padrão, como máquinas de POS, totalizaram 7,400 milhões, avanço de 0,05%.

Pela primeira vez desde maio do ano passado, a base pré-paga voltou a crescer: 0,33%, passando para 184,4 milhões de acessos ou mais de dois terços (71,46%) da base total. Foi um aumento maior inclusive do que o da base pós-paga, que avançou 0,27% e totalizou 73,653 milhões de acessos (28,54% do total). No ano, entretanto, o pós-pago aumentou 7,11%, enquanto a base pré recuou 13,74%.